Pelas últimas projeções da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, em 2024 a agropecuária brasileira tende a alcançar um Valor Bruto de Produção (VBP) da ordem de R$1,217 trilhão, resultado que sugere redução de cerca de 2% sobre o VBP de 2023 (perto de R$1,242 trilhão). Mas se o retrocesso se confirmar, não será por culpa dos produtos de origem animal.
O gráfico abaixo aponta nessa direção. Ele contém os 10 principais produtos da agropecuária com maior VBP do ano. Seis deles são produtos agrícolas. Os quatro restantes, provêm da produção animal.
Entre os seis produtos agrícolas, metade deles – café, algodão e laranja – devem obter VBP maior que o de 2023. Mas não o suficiente para cobrir os déficits previstos para a soja, milho e cana-de-açúcar. No conjunto, tendem a um VBP (R$667,8 bilhões) quase 8% menor que o do ano passado.
Entre os quatro produtos da produção animal, o único com perspectiva de um VBP menor é o leite. E embora o aumento previsto para os bovinos possa parecer não muito expressivo (+1,89%), recebe o reforço dos frangos (+7,11%) e dos suínos (+11,25%). Resultado: um VBP em torno dos R$372 bilhões, valor que, se confirmado, representará aumento anual próximo de 4%.
A observar que, no rol de produtos de origem animal, está faltando apenas o ovo. Que não entrou nesta relação simplesmente por estar colocado, no momento, na 11ª posição. Como o leite, também tende a um VBP menor que o de 2023. Mas isso não afeta o resultado final dos produtos animais, que projetam um VBP final 3,5% maior que o do último ano.