A intenção de confinamento de bovinos de corte em Mato Grosso se reduziu este ano de julho para outubro, informou, em relatório, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O motivo da queda, conforme o relatório, é a suspensão de compras de carne bovina brasileira por parte da China – fator de peso para confinadores, já que boa parte dos bovinos engordados no cocho têm como destino o gigante asiático.
Segundo o Imea, em 2021 os pecuaristas mato-grossenses devem confinar 837.770 cabeças, queda de 5,32% em relação ao levantamento de julho, mas acréscimo de 1,84% quando comparado com o consolidado em 2020.
Quando se analisam as macrorregiões do Estado, a que mais reduziu a intenção de confinamento, com queda de 39,31% em relação ao levantamento de julho, foi o sudeste mato-grossense, diz o Imea. “Esse resultado está associado a aqueles que iriam para o terceiro giro de confinamento, ao qual a procura e a destinação dos animais ocorre com mais intensidade no último trimestre do ano”, comenta o relatório. Já as regiões centro-sul, médio-norte e oeste registraram acréscimos no volume de bovinos, pois a garantia desses animais ocorreu mais cedo e a entrega, em sua maioria, se concentrou no mês de outubro.
O terceiro levantamento de intenção de confinamento referente a 2021 contou com a participação de 138 informantes, ou 75,41% do total da amostra em análise. “Com isso, 59% dos entrevistados informaram que confinaram ou pretendem confinar em 2021, enquanto 49% não vão confinar”, relata o Imea.