De acordo com o boletim, neste ano já foram observadas chuvas em boa quantidade e em praticamente todas as regiões do Estado. “O que se observa no campo é a melhora considerável das pastagens e, pelo menos em parte, a normalização do abastecimento de água”, diz o documento. Os produtores já conseguem manter o rebanho nos campos, buscando a finalização da engorda e a comercialização de animais com melhor condição de carcaça.
As cotações da arroba, por sua vez, devem permanecer sustentadas, especialmente pelo atraso verificado em razão das condições climáticas desfavoráveis de 2021 e a oferta restrita de bovinos. Dados do Deral apontam que, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, a alta chegou a 2,2% na média estadual. Se o comparativo for com janeiro de 2021, o aumento chega a 16%. É possível que, entre abril e maio, com maior oferta, observe-se uma variação negativa do preço do boi gordo, ainda que apresente pouca expressividade.
No último ano, a severa estiagem trouxe efeitos negativos para a agropecuária em vários Estados brasileiros, incluindo o Paraná. Os danos foram sentidos no desenvolvimento de algumas culturas, como o milho, fonte de alimentação de bovinos, que teve o custo impulsionado. Além disso, as pastagens também sofreram com o déficit hídrico. “Em algumas regiões, até mesmo a água para o consumo dos animais ficou escassa”, diz o boletim.